Estamos nos tornando uma sociedade sem histórico, sem passado. Não percebemos qualquer ligação entre o que vivemos hoje e os fatos ocorridos em anos anteriores.
As datas, elementos tão importantes no contexto educacional brasileiro, acabam tendo seus reais significados "burlados", "floreado", e as novas gerações, encantadas com as maravilhas tecnológicas e as diversas formas de uma liberdade ilusória, desconhecem seu passado. Um passado encoberto por interesses políticos.
Me pergunto se o 1º de maio é "DIA DO TRABALHO" ou "DIA DO TRABALHADOR", essas expressões agregam significados, valores e interesses que as diferenciam uma da outra.
Uma data em que todos os trabalhadores deveriam lembrar sua trajetória, o papel que essa classe desempenhou no cenário histórico e toda a exploração sofrida em todos esses anos, hoje se tornou uma data "festiva", dia de shows, sorteios, momentos "pão e circo".
Se faz necessário que os trabalhadores e trabalhadoras reflitam sobre o valor de sua contribuição na sociedade, percebam que nenhuma fonte de riqueza se faz sem sua força, que são a "mola" que sustenta esta sociedade, a mesma sociedade que os escraviza, que promove a mais valia, que os torna "servos", que limita e "elitiza" sua educação, que não ouve seus gritos, gritos dos excluídos.
Permitir que a nova geração de trabalhadores esqueça daqueles tantos trabalhadores lutaram por melhorias que eles mesmos nem chegaram a viver, é uma afronta. Se "somos quem fomos", sejamos então conscientes de nosso papel, que somos a engrenagem que movimenta o mundo, e, como toda a engrenagem, precisamos uns dos outros. Portanto, Trabalhadores do mundo todo, unam-se.
