quarta-feira, 4 de maio de 2011

Até quando?



Um mercado de trabalho precário e volátil, elevadas taxas de desemprego, profunda crise econômica e social, resultado de especulações nas economias nacionais e políticas neoliberais protetoras e favorecedoras dos interesses do grande capital, descrevem o cenário atual que se vive na Europa e nos Estados Unidos da América. Os grandes “monstros” da economia mundial encontram-se feridos por suas próprias armas, dentro de um labirinto por eles mesmo criado.
A imagem de Grandes potências não pode ser abalada. Vivemos a era da informação, e a mídia pouco divulga os protestos, o desemprego e a insatisfação da população trabalhadora, para com os neoliberais. Providências são tomadas estrategicamente, exibe-se apenas o que se deve para nos manter “plugados” a um sistema de informações que parece não informar nada.
Para isso, não importa se quebrar tradições seculares, ou deixar de lado todo um egocentrismo, ou mesmo se encurtarmos os espaços entre o divino e o humano.
O casamento Real, o fortalecimento da monarquia. Os olhos do mundo precisam se voltar ao majestoso de quem, na idade média oprimiu os artesãos e suas famílias. A Beatificação de João Paulo II. Tudo deve acontecer muito rápido, está mais que provado que ele é um homem santo. A morte de Bin Laden. Os Americanos, aqueles que mostraram por, quase intermináveis semanas, imagens da captura e morte de Sadan Russen. É estranho, mas, aconteceu.
No Brasil as coisas caminham “numa boa”. Não é difícil encontrar pessoas “antenadas”, discutindo os diversos comentários dos “distintos” telejornais, que por sua vez, já copiam o modelo americano de vender notícias. Tento imaginar como seria um jornal com nossa cara, genuinamente Brasileiro...
Talvez mostrasse O Brasil que desponta como liderança global no cenário pós-crise econômica, ou essa concentração de grandes empreendimentos na Região Metropolitana do Recife (RMR) e na Zona da Mata que tanto destaca o atual momento econômico de Pernambuco, ou ainda o destaque da mulher no cenário político.
Pode até parecer um sonho, uma vez que ainda se encontra nas mãos de “outros” que não os trabalhadores e trabalhadoras, tantos anos explorados.
Se não temos esse jornal, que seja divulgado, então, nas fábricas, nas esquinas, nos lares, em conversas informais, façamos de nossas vozes esse instrumento. Nos façamos ouvir, Pois precisamos que nos digam: “A quem mais eles querem enganar?”