terça-feira, 9 de novembro de 2010

Até quando?


Uma das propostas é que o ENEM seja a porta de entrada do estudante na universidade, além de avaliar como o ensino médio, e, conseqüentemente, o fundamental, em nossas escolas, sejam elas públicas ou privadas. O estranho é que desde que isso tomou maior “atenção”, a elaboração e execução do ENEM tem dado um show a parte:
Gráficas ligadas a deputados, de onde vazam gabaritos; cadernos de provas com formatação incoerente, horários incompatíveis com as diversas regiões do país que não participam do horário vigente. Enfim, uma série de fatores que contribuem para que o estudante brasileiro não tenha a devida credibilidade para com o ENEM.
Por outro lado, não podemos deixar de ressaltar a eficiência do antigo vestibular, onde cursinhos de salas abarrotadas despejam sobre os estudantes uma verdadeira “tsunami” de informação. As quais lhes foram – ou ao menos deveriam – passadas durante seu histórico escolar. E, também, as altas taxas cobras no ato das inscrições dos vestibulares das universidades.
Antes, quando as notas obtidas no ENEM não contavam em nada para o ingresso nas universidades e assuntos afins, nada disso acontecia. Talvez estejamos progredindo retoricamente, ou regredindo rumo ao futuro. Não sei. O fato é que cada vez mais, os interesses individuais, ou de certos “coletivos” atrapalham a educação e fortalecem ainda mais sua comercialização.
Não sou um “Doutor” no assunto, mas ainda acho que deveríamos investir mais na educação de base, e não fazer dela um ambiente de reclusão, uma escola que nos sirva como depósito de crianças e de nossos educadores, meros tutores (para não dizer babás) de nossos filhos – ainda não tenho, mas que quando os tiver, não será essa escola que eu quero para eles - .

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