terça-feira, 9 de novembro de 2010

Justiça seja feita

Recentemente, através de um desses sites de relacionamentos existentes, uma jovem paulista estudante do curso de direito se tornou o centro das atenções por expor seus sentimentos num desabafo, em virtude de seu candidato, ou candidata, não ter sido eleito. Isso gerou uma repulsa por parte de alguns juristas pernambucanos.
Ela julgou e condenou, segundo seu prisma, em seu infeliz comentário, os “nordestinos”, e os juristas pernambucanos não fizeram diferente.
Sou estudante de comunicação social, não entendo muito bem a máquina da justiça. Mas compreendo perfeitamente que o julgamento deveria partir de outra esfera, a social, onde muitos de nós reproduzimos quadros e vivências que só multiplicam atitudes como as dessa jovem. Propagandas onde o marido ordena a esposa que troque a pastilha sanitária (ele estava no banheiro, o que o impedia de fazê-lo?), letras de músicas que explicitam as mulheres como um mero objeto (e o pior, é que são cantadas por mulheres), eu poderia passar todo o tempo expondo vários outros exemplo, mas gostaria de nos fazer pensar numa coisa:
“Não que esteja sendo contra ou a favor dessa jovem, mas digamos que as pessoas que a condenam tenham ganham essa batalha judicial (claro, de fim financeiro), a quem seria pago o valor estipulado pelo juiz? E, como eles falam em justiça, se a própria escolha de quem vai ocupar seus cargos não nem um pouco democrática?

Um comentário:

Amanda de Souza disse...

É certo ela ter que pagar pelo infortúnio de algum modo,e essa questão que você levantou foi interessante, porque ninguém é tolo e sabemos que esse dinheiro não vai pra quem realmente precisa.
Lamentável!