quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

São coisas que eu não sei contar...



Não que seja insensível, não se trata de sentimentos. Ou melhor, se trata sim. A questão é que sempre que há uma tragédia voltamos nossos olhos temporariamente a ela. Simplesmente isso.
E a mídia, com todo seu poder de fogo, faz a cobertura 30 horas por dia, e aquelas perguntas de certos repórteres: “e agora, o que você vai fazer já que perdeu tudo?” Gente, esse é o exemplo de pergunta que jamais deve ser feita. Como diria um amigo: “falta de absurdo!”
O fato é que toda nossa repentina solidariedade com prazo de validade existe apenas enquanto as lentes das câmeras nos mostram as lagrimas das vitimas, e pior que isso, onde elas nos mostram.
Não que as vitimas das enchentes não mereça nossos olhares, mas que deveríamos deixar de ser mesquinhas, tantos são os que precisam de nós a todo tempo, mas só percebemos se nos é mostrado por uma emissora de TV ou uma 1ª página de jornal. Basta olhar nas ruas de nossas cidades, nos cruzamentos, dentro de nossas próprias casas...
Devemos ser humanos sempre, desculpe-me, devemos ser solidários sempre, sem o auxilio da mídia, simplesmente por sermos agentes sociais, por admitirmos que precisemos uns dos outros. Já dizia Tom Jobim, na wave: “É impossível ser feliz sozinho...”

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